Segunda vitória consecutiva para Paulo Alves na Liga, com um triunfo pelo meio em Alvalade para a Taça da Liga, depois do sensacional 3-1 sobre o F.C. Porto, em Barcelos. O Gil Vicente está bem e recomenda-se, continua a trepar na classificação e já chegou ao sétimo lugar, ultrapassando justamente a Briosa e também o Olhanense.

Os estudantes chumbaram, assim, no regresso ao campeonato depois de garantida a presença no Jamor, numa campanha que tem atenuado um percurso na Liga que começou a todo o gás mas regista acentuado declínio nas últimas semanas.

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Prova disso é o facto de a equipa já ter estado no sexto lugar, ainda há pouco tempo (da 12ª à 14ª jornada), tendo-se deixado transpor pelos de Olhão mas também pelo V. Guimarães e agora pelos «galos» de Barcelos. O ocaso não pode ser dissociado de uma menor eficácia em casa, onde os estudantes não ganham para o campeonato desde 26 de Setembro.

Por ironia, na altura em que os gilistas venceram fora pela última vez, na sexta jornada, também a Académica obteve a derradeira vitória em casa. Há quase cinco meses. Mais curioso ainda: o Gil nunca tinha conseguido sair, sequer, com um ponto de Coimbra!

Gil personalizado, Briosa perdida em campo

O Gil mostrou desenvoltura desde o primeiro minuto, com um futebol prático e objectivo, a respirar confiança por todos os poros. Processos simples, eficazes e sempre com a baliza em mira. E se não foi possível criar perigo de bola corrida, então foi de um lance de bola parada que os homens de Paulo Alves abriram o marcador.

Mais uma vez, Cláudio fez uso da sua especialidade e voltou a marcar perante a passividade da equipa da casa. A Académica, que parecia ter iniciado o encontro já sobre brasas, ainda ficou mais aflita, lançando-se numa procura balbuciante pelo empate. Pedro Emanuel não gostou do que viu e perdeu a paciência.

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De uma assentada, mudou três unidades, se calhar porque não podia mudar a equipa toda, e apostou no risco máximo, imitando José Mourinho, mas também Jorge Costa, ao comando da Briosa, há duas épocas, em Aveiro. A equipa ficou manifestamente mais ofensiva, com Danilo, David Simão e Edinho. Faltava o resto.

Marinho caiu na área, depois de um ligeiro toque de Paulão, logo a reabertura do jogo e a baliza de Adriano ficou, por fim, debaixo de fogo. Edinho viu Adriano negar-lhe o golo com uma grande defesa e, em pouco minutos, os estudantes faziam mais do que haviam feito em toda a primeira parte.

Hugo Vieira falhou o segundo por uma unha negra e, na resposta, Edinho voltou a estar perto do golo. Animava-se a partida e crescia a incerteza no resultado. Até que Hugo Vieira, depois das ameaças, resolveu passar aos actos. Acabava o jogo, com o segundo do Gil, que aproveitou ainda para estrear César Peixoto.

Tanto risco da Briosa deu mesmo galo.