Mantorras, a despedida perfeita
Era um dos maiores reis da festa, ele que se despedia oficialmente do Estádio da Luz. Uma despedida em grande, com um golo que fez saltar os adeptos das bancadas. Recebeu as maiores ovações da noite, deixou para sempre o relvado da Luz e promete deixar saudades no Benfica.
Figo, pura classe
Um remate de trivela no início da segunda parte, que saiu muito perto do poste, é um excelente cartão de visita: pura classe, sem dúvida. Continua em excelente forma, desconhecendo-se para já as razões: certo é que correu, simulou, fintou, tabelou, enfim. Foi ele mesmo.
Toldo, fantástico
O guarda-redes italiano não precisou de favores para brilhar. Basta prestar atenção, por exemplo, naquele minuto 21, quando Carlos Martins cruzou, Javi Garcia cabeceou com violência e Toldo defendeu com uma estirada fantástica. Fartou-se, aliás, de evitar golos do Benfica. Muito bom.
Rui Costa, cuidado que vem aí o patrão
Entrou ainda no início da primeira parte e a Luz quase veio abaixo: estrondosa ovação. Dentro de campo o mesmo jeito de correr, a mesma elegância a tratar a bola. Jogou contra o Benfica na segunda parte e, perante os empregados que contrata, relembrou o passado: foi tudo dele.
Bruno César, que assistência
Entrou na segunda parte e como a maior parte dos companheiros jogou a passo (este não era um jogo para muito mais do que isso). Na retina, porém, ficou a assistência para o golo de Rodrigo Mora, um passe de calcanhar, acrobático, delicioso. O companheiro só teve que empurrar.
Rodrigo Mora, o goleador da noite
Foi o jogador do Benfica que mais tempo jogou, ele que provavelmente também é dos jogadores que mais precisa destes amigáveis. Respondeu com trabalho, mesmo que o jogo não fosse propício a isso, e fez dois golos golos. Só por isso, e porque este jogo precisava de golos, merece o destaque.
Davids, já não joga?
Olha-se para este holandês e a pergunta é inevitável: deixou mesmo de jogar há um ano? Mantém a técnica, alguma preparação física e todo o talento. Foi provavelmente o jogador que mais vezes fez os adeptos bater palmas: quase sempre devido a pequenos pormenores que deliciaram a plateia.
Fernando Mendes, que talento
O humorista rivalizou com Ronaldo em tempo (ambos quatro minutos) e em sentido inestético (muitos quilos para tão pouco tecido). Mas brilhou muito mais. Arrancou uma enorme ovação e trouxe um talento especial: quando a bola lhe chega aos pés, parece que o jogo foi em suspenso