As autoridades brasileiras descreveram esta sexta-feira como actos de barbárie as cenas de vandalismo protagonizadas ontem por adeptos do São Paulo, nas comemorações da conquista da Taça Libertadores.
Cerca de 15 mil adeptos do São Paulo saíram à Avenida Paulista, uma das principais da cidade, após o encontro em que a equipa de Paulo Autuori bateu o Atlético Paranaense por 4-0 e destruíram tudo o que encontraram pela frente, desde estações de metro, a autocarros, semáforos e telefones públicos.
«Não se pode prever uma atitude de vandalismo como a que se registou. Foi um acto de barbárie», afirmou à rádio CBN o administrador da região central de São Paulo, Andrea Matarazzo.
O presidente da câmara local, José Serra, sugeriu que o clube seja responsabilizado pelos prejuízos causados. «Não sobrou nada, nem um cigarro, nem um doce. Perdemos tudo», disse, em lágrimas, a dona de um quiosque de revistas e guloseimas, que foi praticamente destruído pelos adeptos do São Paulo, que também saquearam uma cafetaria e um armazém de roupa e calçado.
A polícia teve de recorrer a gás lacrimogéneo para dispersar os adeptos e deteve 72, que, segundo as autoridades, podem vir a ser impedidas de entrar em recintos desportivos durante um ano.