Eike Immel foi internacional alemão em 19 ocasiões e alinhou em clubes como Borussia Dortmund, Estugarda ou Manchester City. O guarda-redes foi jogador profissional entre 1978 e 1997 e ganhou milhões de euros ao longo da carreira, no entanto, vive no limiar da pobreza.

«Vivi como um deus em França», começa por dizer, em entrevista ao «Stat 1».

Entre contas avultadas de telemóvel, roupas de luxo e mansões, Immel destruiu toda a fortuna que acumulou ao longo da carreira em 2008 declarou falência. «Fiz coisas que uma pessoa normal diz não serem possíveis», defendeu.

«No passado, o dinheiro não era uma preocupação para mim. Eu vivia a vida. Por vezes, a minha conta de telemóvel ascendia a dez mil euros por mês. Num Natal, gastei mais de 26 mil euros em roupa para a minha nova namorada. Paguei mais de um milhão de euros pela minha casa, mas, a certa altura, o fisco estava à minha porta», relatou.

O ex-guardião perdeu-se e atualmente vive de um subsídio do estado alemão. Ou melhor, sobrevive com a ajuda de amigos e acaba os meses com cerca de dois euros. 

«Vivo com 1.136 euros por mês de prestações sociais. Daí tenho de tirar 573 euros para a renda da casa, fico apenas com 562 euros para outros gastos. É uma verdadeira batalha chegar ao fim do mês. Às vezes restam-me apenas 2,69 euros», relatou.

Immel faz as refeições num restaurante de um amigo e lá consegue continuar a viver sem os luxos de outrora. «Gerir dinheiro não é um dos meus pontos fortes», concluiu.

Ao longo da carreira, Eike Immel conquistou a Bundesliga e a Supertaça da Alemanha por uma vez e fez parte da seleção germânica que conquistou o Euro'80 frente à Bélgica.