Ainda com marcas nos braços, pernas e boca das agressões que sofreu, João Vítor, do Palmeiras, falou pela primeira vez do sucedido, lembrando os instantes de terror que viveu à saída da loja do clube, na terça-feira. O jogador foi provocado por adeptos do seu clube que questionavam o seu empenho e garante que evitou ao máximo que a situação chegasse tão longe.

«Estava com o meu cunhado e um amigo e disse que não queríamos confusão. Mas ele continuou a dar pontapés no meu carro e os meus amigos saíram porque viram o que estava a acontecer. Ele tomou a atitude e veio para cima de nós», começa por contar João Vítor, em declarações à TV Globo.

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Depois das agressões, o jogador foi acompanhado por elementos do Palmeiras ao hospital, mas, desde então, o apoio tem sido escasso. «Quem mais me apoiou foram os jogadores. O grupo inteiro esteve do meu lado, mas principalmente o Kleber. Esperava um pouco mais de apoio da direcção. Até o Felipão já foi ameaçado pelos adeptos e aí vimos que não há esse apoio», lamentou.

Ainda sobre o caso, João Vítor reagiu a quem o acusou de estar a fazer o papel de vítima. Scolari foi um dos que questionou a inocência dele em todo este imbróglio. «Não sou nenhum anjinho, mas também não sou maluco de enfrentar 20 pessoas perto da sede da claque. Fiquei surpreso de saber o que ele disse. Não fui eu quem começou a briga. A polícia vai apurar e depois vai dizer quem começou», concluiu.

João Vítor assegurou ainda que não pensa, para já, deixar o Palmeiras apenas de não estar confortável com todo o caso. «Agora ando com umsegurança porque fiquei preocupado», revelou.

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