Taça: 1º de Dezembro-Sp. Braga, 1-2 (crónica)

As dimensões do Campo Conde de Sucena e o seu piso (sintético) fizeram do 1º de Dezembro-Sp. Braga um duelo de bolas paradas. Os três golos do encontro foram apontados dessa maneira, mas mesmo com essa condicionante acabou por prevalecer o poderio da equipa primodivisionária, que assim segue para a quarta eliminatória da Taça de Portugal.

A formação da II Divisão foi digna vencida e reagiu bem aos golpes que sofreu, ameaçando chegar ao empate naquele que foi o único lance de verdadeiro perigo do jogo resultante de um lance de bola corrida. A trave travou o sonho. O 1º de Dezembro até marcou mais golos que o adversário, mas sai de prova. Com a cabeça erguida.

Com dois jovens nas laterais (Dani e Guilherme), tal como tinha anunciado na véspera, Domingos Paciência apostou em 4x4x2. Dadas as limitações do campo, o treinador dos «arsenalistas» decidiu despovoar o meio-campo e apostar em dois homens possantes na frente, depositando nos pés de Luis Aguiar toda a iniciativa de jogo. Ora com passes longos, ora em situações de bola parada, todas as jogadas de perigo do vice-campeão nacional saiam dos pés do uruguaio.

Foi com essa estratégia que os «arsenalistas» marcaram dois golos com um intervalo de apenas cinco minutos. Elton inaugurou o marcador aos 19 minutos, e aos 24 surgiu um autogolo de Ricardo Pereira. Ambos os tentos resultantes de livres cobrados por Aguiar.

A dignidade da reacção esmoreceu no ferro

Traído pela baixa estatura, o 1º de Dezembro só conseguiu fazer um remate aos 33 minutos, com o estreante Artur a segurar sem grande dificuldade. Era o primeiro sinal de uma resposta corajosa da equipa sintrense, que acabaria mesmo por reduzir a diferença aos 39 minutos. Guilherme cometeu grande penalidade sobre Ricardo Pereira e Ricardinho converteu. O empate só não surgiu pouco depois, porque Ricardo Cunha, o melhor elemento da equipa da casa, cabeceou à barra (42m).

No segundo tempo o jogo abriu mais e as bolas paradas perderam influência, mas os lances de perigo também se tornaram mais raros. O 1º de Dezembro conseguiu subir mais as suas linhas, mas nunca pareceu estar verdadeiramente perto do empate. À equipa da casa faltaram pernas, na fase final do encontro, perante um adversário com outro andamento.